O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a comitiva de empresários que chegam ao Vietnã nesta quinta-feira (27) vão encontrar um país com um bom potencial para o agronegócio.
No ano passado, o Vietnã gastou US$ 3,9 bilhões no Brasil com produtos do setor, e os brasileiros importaram o correspondente a US$ 790 milhões dos vietnamitas.
Os empresários chegam ao Vietnã com as mesmas perspectivas de abertura do mercado da carne bovina que tiveram no Japão. As demandas vietnamitas no setor de agronegócio, porém, vão muito além da carne bovina.
O milho está no topo das compras no Brasil. Os vietnamitas adquiriram 4,7 milhões de toneladas do cereal no ano passado, mas esse volume pode crescer, uma vez que o Vietnã é o sexto maior importador mundial de milho. O país asiático comprou 11,5 milhões de toneladas em 2024. Ainda no setor de cereal, o Vietnã é o segundo maior importador mundial de arroz, com potencial de 3,4 milhões de toneladas.
Para suprir a demanda interna de algodão, o Vietnã busca 1,6 milhão de toneladas no mercado externo, e o Brasil forneceu 539 mil no ano passado, no valor de US$ 1 bilhão. O potencial de importação dos vietnamitas é grande, e o país é o segundo maior comprador mundial da fibra.
A soja, a vedete da balança comercial brasileira, também tem espaço no mercado do Vietnã, país que importa 2,4 milhões de toneladas por ano. Os brasileiros forneceram 1,1 milhão desse volume em 2024.
O farelo de soja é outro potencial. As importações dos vietnamitas chegam a 6 milhões de toneladas, e o Brasil já tem 7% desse mercado.
As carnes, um dos objetivos da missão econômica, ainda rendem pouco, mas tem potencial para ampliação. No ano passado, o Vietnã comprou 66 mil toneladas do Brasil, com destaque para a suína, que somou 52,5 mil toneladas, e para a de aves, que atingiu 12 mil. O potencial de importação de carne bovina do Vietnã, mercado que o Brasil almeja, é de 150 mil toneladas.
Outro setor que poderá ser aproveitado pelo Brasil é o de trigo, uma vez que os vietnamitas buscam 5,3 milhões de toneladas por ano do cereal no mercado externo. Em 2044, o Brasil forneceu 25% dessa demanda.
Ritmo acelerado A TCP, que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, registrou um aumento de 22% nas exportações de carne bovina no primeiro bimestre de 2025, superando a média de crescimento nacional, que foi de 4,7%
Ritmo acelerado 2. O terminal movimentou 123 mil toneladas de carne bovina. Além disso, despachou 382 mil toneladas de carne de frango, representando 42% do mercado nacional, afirma a empresa.
LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.
