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Indígena e quilombola ingressam no Observatório do Clima – 23/03/2025 – Ambiente

por Good News
março 23, 2025
em Meio Ambiente
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Indígena e quilombola ingressam no Observatório do Clima – 23/03/2025 – Ambiente
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Duas mulheres que são expressão da imensa diversidade do Brasil e possuem atuações pioneiras passam agora a integrar a coordenação do OC (Observatório do Clima), a maior rede climática do Brasil, composta por 133 organizações.

Deroní Mendes, do ICV (Instituto Centro de Vida), e Valéria Paye, da Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira), foram eleitas na última reunião anual do OC, realizada em fevereiro em São Paulo. O encontro teve a participação de quase 200 representantes, a maior assembleia desde a fundação da rede, em 2002.

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Valéria Paye, indígena dos povos tiriyó e kaxuyana da aldeia Missão Tiriyó, no Pará, perto da fronteira com o Suriname, é graduada em ciências sociais pela UnB (Universidade de Brasília) e foi a primeira mulher indígena a assumir a representação política da Coiab em Brasília, em 2008. Desde então, participou da fundação da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) e da organização dos diversos ATLs (Acampamentos Terra Livre), a maior assembleia dos povos e organizações indígenas do Brasil.

Em 2018, integrou a coordenação executiva da Apib, substituindo a atual ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, que estava em campanha política. Em 2020, tornou-se diretora-executiva do Podáali – Fundo Indígena da Amazônia Brasileira, o primeiro fundo criado por e para indígenas no país.

Já Deroní Mendes é quilombola, a nona de 11 filhos de agricultores tradicionais de Vila Bela da Santíssima Trindade, no sudoeste de Mato Grosso, onde a heroína negra Tereza de Benguela (1700-1770) liderou o Quilombo de Quariterê, o maior do estado, por mais de duas décadas.

Ela migrou da área rural para estudar e ingressou no terceiro setor cuidando da biblioteca do escritório Fase (Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional) em Cáceres, onde cursava geografia na Unemat (Universidade do Estado do Mato Grosso). Vicente Puhl, então coordenador da Fase por lá, que empregava duas de suas irmãs —uma como faxineira e a outra como babá—, a convidou após saber das péssimas condições de trabalho dela em uma loja na cidade.

Mendes entrou no ICV em 2007, como assistente de projetos, deixando a organização em 2009 para ingressar no Instituto Indígena Maiwu de Estudos e Pesquisas de Mato Grosso. Retornou ao instituto em 2012, desde então envolvida com o fortalecimento da agenda de políticas para povos e comunidades tradicionais e meio ambiente. Atualmente, é coordenadora do programa de transparência e justiça climática.

“A minha chegada e a da Deroní representam a inclusão da visão indígena e de uma mulher negra em um ambiente acadêmico elitizado e, até o momento, predominantemente branco”, diz Paye. Ela descreve a nova etapa como um grande desafio, seja pela composição do observatório, seja pela consciência da importância de assumir esse espaço no atual contexto geopolítico.

Em novembro, o Brasil sediará, em Belém, a COP30, conferência do clima das Nações Unidas, enquanto diversos países e empresas recuam de seus compromissos climáticos e cancelam políticas de inclusão e diversidade.

Mendes diz ter sentido surpresa e certa apreensão com a eleição para o cargo, pelo peso das organizações e profissionais da instituição. “Eu recebi a notícia com orgulho. Nunca antes uma quilombola e uma indígena estiveram nesse lugar. Depois disso, muitas outras virão, com certeza. E acredito que deixaremos a nossa contribuição.”

Elas dividem a coordenação com Adriana Ramos, assessora de política e direito socioambiental do ISA (Instituto Socioambiental), Andréia Bavaresco, coordenadora executiva do IEB (Instituto Internacional de Educação do Brasil), Ane Alencar, diretora de ciência do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), e Délcio Rodrigues, diretor do Instituto ClimaInfo.

“A entrada delas é algo inédito. Ter uma indígena e uma quilombola, ambas ao mesmo tempo, é um ineditismo duplo. Também é parte de um processo de alargamento das fronteiras da agenda climática para além da agenda técnica e de negociação, algo que começamos a materializar há alguns anos”, afirma Márcio Astrini, secretário-executivo do OC, reeleito no cargo, por mais cinco anos, na última assembleia.

A médio prazo, Astrini expressa o desejo de que, ao deixar a rede, seu lugar seja ocupado por uma mulher, preferencialmente negra, quilombola ou indígena.

Adriana Ramos reforça que as mudanças ocorrem porque “a diversidade dentro da rede aumentou, exigindo que as instâncias de gestão e governança refletissem” o mesmo. “É uma alegria ter conosco duas mulheres que são muito ativas, militantes, extremamente competentes, reconhecidas.”

Na coordenação da rede, tanto Mendes quanto Paye têm como prioridade ampliar a pauta da defesa dos territórios e da diversidades de povos indígenas e comunidades tradicionais.

“É preciso ter um GT [grupo de trabalho] de demarcação e titulação de territórios de povos e comunidades tradicionais, para fazer essa pauta avançar dentro do Congresso, em outros espaços”, diz Mendes. “Esses territórios e nossas práticas são essenciais para evitar que as temperaturas globais ultrapassem 1,5°C de aquecimento [meta do Acordo de Paris], então precisam ser protegidos, titulados e demarcados.”

Nesse sentido, o antropólogo Aurélio Vianna, oficial de programas sênior da iniciativa internacional Tenury Facility, diz que o OC ganha muito com a indicação de Valeria Paye, por sua experiência na gestão de fundos para indígenas.

“Ela demonstra que é possível os indígenas constituírem seus próprios fundos e participarem das discussões globais sobre financiamento climático. Hoje, é uma das vozes mais relevantes nas conversas sobre o acesso de povos, comunidades e organizações indígenas a recursos da cooperação internacional e da filantropia”, avalia.

Mendes e Paye também destacam a necessidade de proteger os territórios quilombolas e indígenas diante do aumento da vulnerabilidade causado pela aceleração da crise climática, que coloca em risco a segurança alimentar.

“A agenda de adaptação é muito nova. Agora que a gente começa a escutar os nossos parentes a falarem disso, porque as queimadas, as secas, as cheias realmente estão afetando os territórios, não só materialmente, mas também culturalmente”, diz Paye

Na região do Oiapoque [no Amapá], tem uma praga resistente que está afetando a plantação do bem mais importante para os povos de lá, que é a mandioca. A farinha pode ser comprada, mas há todo um saber e uma cultura ao redor do plantio que não estão conseguindo praticar”, exemplifica.

O projeto Excluídos do Clima é uma parceria com a Fundação Ford.

Etiquetas: aquecimento globalativismoativistacrise do climaExcluídos do ClimafolhaIndígenasmudança climáticamudanças climáticasquilombolas
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