Delacroix reflete sobre a história e a civilização com duas obras-primas: uma representa Átila esmagando a Itália e as Artes, e a outra Orfeu levando a paz aos gregos.
Para Bosse, as pinturas, impregnadas de classicismo, representam “uma espécie de advertência aos representantes do povo: ‘Cuidado, a civilização é frágil, está exposta a Átila, deve ser protegida'”.
Esta obra-prima não é o único tesouro da biblioteca, criada em 1796 e em sua localização atual desde 1834. Seu acervo é o terceiro maior da França, atrás dos da Biblioteca Nacional e da Sorbonne.
Entre seus 700.000 volumes, a maioria armazenada em seus porões, estão o Juramento de ‘Jeu de Paume’, pelo qual os deputados do terceiro estado se comprometeram a abolir o Antigo Regime após a Revolução Francesa de 1789.
O documento, assim como os manuscritos do filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) e do escritor Victor Hugo (1802-1885), estão guardados em um cofre, cuja localização exata é mantida em sigilo.
“A biblioteca tem algo mágico, porque conecta os deputados ao seu passado (…) Mudamos um pouco de dimensão”, conclui o diretor da biblioteca.