A campanha de vacinação contra a gripe de 2025 terá início nesta sexta-feira (28) na cidade de São Paulo.
No país, a ação foi marcada para começar oficialmente em 7 de abril, mas o Ministério da Saúde orientou estados e municípios a darem início à vacinação assim que recebessem o imunizante contra o vírus influenza.
O governo federal enviou à capital paulista 265.700 doses. A vacina estará disponível nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e AMAs/UBSs Integradas. As UBSs funcionam de segunda a sexta, das 7h às 19h. As unidades integradas com AMAs também abrem aos sábados, no mesmo horário.
Além de idosos, crianças de seis meses a menores de seis anos, gestantes, puérperas e trabalhadores da saúde, o público-alvo da campanha contra a gripe também é formado por:
- professores dos ensinos básico e superior;
- povos indígenas;
- pessoas em situação de rua;
- profissionais das forças de segurança e de salvamento;
- profissionais das Forças Armadas;
- pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
- pessoas com deficiência permanente;
- caminhoneiros;
- trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
- trabalhadores portuários
- funcionários do sistema de privação de liberdade;
- população privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (de 12 a 21 anos).
A gripe é uma doença respiratória infecciosa e transmissível. Os sintomas são coriza, febre, dor de cabeça e no corpo, tosse e mal-estar. A vacina é a forma mais eficaz de proteção contra a doença.
Os idosos e as crianças, principalmente as menores de dois anos, são os grupos mais vulneráveis a complicações. Gestantes, doentes crônicos e imunossuprimidos também devem ter atenção.
“Precisamos lembrar que as infecções dos idosos trazem outras complicações graves, como infarto, derrame, piora da cognição, da memória, perda muscular. Ele fica sempre pior, funcionalmente pior, com mais incapacidade, com piora da qualidade de vida”, afirma a geriatra Maisa Kairalla, presidente da Comissão de Imunização da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.
“Todas as infecções tendem a ser mais graves quando a população envelhece, porque você tem menos imunidade. Não é só a gripe. Para todos os idosos, independentemente da condição física, é importante a vacinação. Aqueles mais graves, mais doentes, precisam mais”, acrescenta.
Dados do Sivep-Gripe (Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe) mostram que, em 2024, as hospitalizações de brasileiros com 60 anos ou mais por Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave) causada pelo vírus influenza cresceram 189% em relação ao ano anterior. A taxa de letalidade foi de 21,7%, ou seja, em média, a cada 5 idosos infectados, 1 morreu.
A vacina contra a gripe entrou no Calendário Nacional de Vacinação para crianças de seis meses a menores de seis anos, gestantes e idosos e estará disponível em todos os locais de vacinação ao durante todo o ano. Para esses grupos, portanto, a estratégia estará disponível em tempo integral, não apenas em campanhas sazonais.