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‘Telefone sem fio’ ajuda a evitar desastres em Petrópolis – 27/03/2025 – Ambiente

por Good News
março 27, 2025
em Meio Ambiente
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‘Telefone sem fio’ ajuda a evitar desastres em Petrópolis – 27/03/2025 – Ambiente
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Quando chove no vale do Cuiabá, em Petrópolis (RJ), costuma faltar energia elétrica e internet. “É muito cruel ficar no meio da chuva, no escuro e sem informação. Estamos traumatizados pela tragédia de 2011”, disse Ana Montenegro, 60, referindo-se ao desastre que matou centenas de pessoas na região serrana do Rio de Janeiro. Para enfrentar o desafio, voluntários criaram uma tecnologia social usando rádios comunicadores.

Produtora rural, Montenegro começou, em junho de 2023, a pesquisar uma solução para a falta de comunicação durante chuvas e tempestades. Por ser uma região de montanhas, até mesmo os rádios têm alcance limitado. Foi preciso então formar uma rede de moradores, que monitoram as nascentes e os níveis dos rios, repassando informações uns aos outros, como em um “telefone sem fio”.

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A rede conta com 42 pontos, onde há um morador e um rádio. O projeto teve início no vale do Cuiabá, a parte mais alta da região. Depois foi expandido para as comunidades do Jacó, Madame Machado e Benfica, até chegar ao Gentio, a parte mais plana, onde fica a sede do Núcleo Comunitário de Defesa Civil do Vale do Cuiabá e Adjacências (Nudec).

Quando informações como a rápida elevação dos rios chegam ao Nudec, Cristina Rosário de Oliveira, 55, entra em ação. Com experiência tanto como vítima quanto como voluntária em desastres, além de diversos treinamentos, ela avalia a situação e pode acionar a Defesa Civil.

Vítima e voluntária

Em 2011, fortes chuvas causaram um dos maiores desastres da história do Brasil, com mais de 900 mortes na região serrana do Rio de Janeiro –principalmente em Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis. Após a tragédia, a Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) começou a formar cidadãos em monitoramento socioambiental e a criar os Nudecs naquelas cidades.

Convidada a participar da formação, Rosário, inicialmente, não aceitou. Achava que a tarefa deveria ser do poder público, como Bombeiros e Defesa Civil. Mas mudou de ideia, convencida de que sua experiência como vítima e voluntária em desastres poderia ser importante para a comunidade.

Rosário foi vítima em 2008. Naquele ano, quando começou a chover forte, ela e o marido iniciaram uma estratégia corriqueira para evitar os prejuízos dos alagamentos: levantar os bens da casa, como camas e geladeira, pendurando-os com cordas. Mas a água subiu tanto e tão rápido naquela oportunidade que ela ficou submersa.

Os vizinhos tiveram que fazer um cordão humano, segurando os braços uns dos outros, para tirá-la da água, tamanha a força da correnteza. Após ser salva, ela ainda passou uma noite e uma madrugada angustiada. Só no outro dia viu que o filho Matheus, então com 16 anos, estava salvo na casa da avó.

Grávida de sete meses e meio, Rosário começou a ter fortes dores dias depois e pediu para ser levada ao hospital. No meio do caminho, sentiu que tinha pedido o filho. Logo depois os médicos constataram a morte de Vitor Emanuel.

A casa foi reconstruída sobre pilares, para evitar novos alagamentos. Então, em 2011, foi a vez de Rosário ajudar os vizinhos. Acolheu quatro famílias, que ficaram morando com ela, o marido e o filho por cinco meses. “Quando entrei no Nudec pensei: ‘Não quero que ninguém passe pelo que passei.'” A sua residência se tornou a sede do núcleo.

Mapa de risco e rota de fuga

Uma das primeiras ações do Nudec foi realizar reuniões de conscientização, as Rodas de Mulheres. “Na maioria das situações de tragédia, são as mulheres que se colocam em risco. São elas que vão buscar filhos na escola, por exemplo, passando por fiação e por áreas alagadas”, explicou Rosário.

Embora, eventualmente, muitos homens ajudem nas ações do Nudec, as mulheres é que tomam a frente. “Elas abraçaram a causa”, disse a líder comunitária. Atualmente, dos 14 participantes do núcleo, só dois são homens: o marido e o filho de Rosário.

As participantes do Nudec passaram por inúmeras capacitações durante os últimos anos, além de auxiliar em ações da Defesa Civil, como simulados de evacuação. Também trabalharam no mapeamento das áreas de risco, que mostra as regiões suscetíveis a perigos, como deslizamentos de terra e inundações.

Fizeram ainda um mapeamento de rotas de fuga, usando a experiência dos moradores e dados ambientais. O objetivo é que, em um momento de desastre, as pessoas saibam quais caminhos percorrer, evitando locais perigosos. O documento ainda não foi referendado pela Defesa Civil.

Mas para tudo isso funcionar bem é necessário informação. É esta uma das funções da rede dos moradores, chamada de “Comunicação comunitária –monitoramento comunitário de eventos climáticos de água e fogo”. Ou seja, além de monitorar inundações e deslizamentos, a rede ajuda a detectar fogo, algo cada vez mais recorrente na região.

Conhecimento dos moradores

Quando entrou no Nudec, há dois anos, Ana Montenegro já havia iniciado o Projeto Rádios, como eles chamam a rede de comunicação e alertas. Os equipamentos foram comprados por ela, por moradores ou recebidos por doação –a voluntária chegou a pedir rádios de Natal.

Para formar a rede, foi preciso um trabalho minucioso. “Nós víamos até onde ia o sinal. Aqui começou a falhar? Então é preciso de um rádio. Quem mora aqui? Tem alguém que mora aqui e que tenha responsabilidade de ficar com um rádio?”, explicou Montenegro. Em janeiro, a rede ficou completa, chegando ao Nudec.

A rede de comunicação e alerta funciona de duas formas, basicamente. Se Rosário receber um alerta da Defesa Civil da iminência de um evento extremo, por exemplo, ela pode pedir, por Whatsapp, que os moradores da região liguem os seus rádios para iniciar a troca de informações.

Ou os próprios moradores podem ligar os rádios, se observarem a chegada de chuva forte ou o aumento do nível dos rios, passando as informações até chegar no Nudec e, se preciso, à Defesa Civil. “Enquanto isso, os moradores já têm informações e têm tempo de se salvar, se for preciso”, analisou Montenegro.

“O conhecimento empírico do morador é muito importante”, destacou Montenegro. “Esse conhecimento de sentir o cheiro do ar e saber que vai chover. Saber o barulho do rio. Saber que vai encher. Saber que a quantidade de chuva é perigosa. Isso ninguém tem, nenhum aparelho.”

Com o aumento dos eventos extremos, como fortes chuvas e incêndios, por causa das mudanças climáticas, especialistas costumam frisar a importância de trabalhar com a gestão do risco em vez apenas da gestão do desastre. Ou seja, promover a cultura de prevenir o desastre.

Em fevereiro, ocorreu o Fórum Nacional de Boas Práticas em Proteção e Defesa Civil, com o objetivo de compartilhar experiências, aprimorar práticas e fortalecer a gestão de riscos e desastres no Brasil. Rosário e Montenegro apresentaram o Projeto Rádios, cuja experiência pode ser replicada em outras iniciativas, como em um “telefone sem fio”.

Etiquetas: chuvaclimaDefesa Civildesastre ambientaldesastre naturaldesastres climáticosExcluídos do Climafolhameio ambientemudança climáticapetrópolisrio de janeiro-estadotemporal
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